BENEFÍCIO DA ATIVIDADE FÍSICA PARA OSTEOPOROSE

 em Fisioterapia, Osteoporose

 

A massa óssea chega ao auge entre os 20 e os 25 anos, em ambos os sexos e se mantém estável até por volta dos 35 anos. Mas depois disso, homens e mulheres começam a perdê-la.
Quando falamos em osso, lembramos de uma doença de evolução silenciosa: a osteoporose, que quando instalada pode ser incapacitante para o indivíduo.

 

O que é a Osteoporose?

A osteoporose é uma doença que aparece quando o corpo não possui mais cálcio suficiente para manter a estrutura dos ossos de forma perfeita, com isso os ossos se tornam ocos, finos e quebradiços e as fraturas passam a ser uma ameaça real para a vida das pessoas. Ela afeta principalmente mulheres na pós-menopausa, pois na menopausa, a ausência do hormônio feminino, faz com que os ossos percam a massa óssea e o cálcio, com isso ficam porosos como uma esponja. Ela tem uma progressão lenta e raramente apresenta sintomas antes que aconteça algo de maior gravidade, como uma fratura, que costuma ser espontânea, isto é, não relacionada à trauma Por isso, devem ser feitos exames diagnósticos preventivos para ter sua evolução retardada por medidas preventivas. Os locais mais afetados são a coluna, o colo do fêmur e o punho.

Esta doença tem acentuada incidência sobre os brasileiros (em número que supera os 10 milhões), e cerca de 2000 pessoas morrem anualmente em consequência de complicações de fraturas, devidas a esta doença (Revista Veja – 30 de janeiro de 2008).

Diagnóstico

A Densitometria Óssea estabeleceu-se como o método mais moderno, aprimorado e inócuo para se medir a densidade mineral óssea e comparado com padrões para idade e sexo. Essa é condição indispensável para o diagnóstico e tratamento da osteoporose e de outras possíveis doenças que possam atingir os ossos. Os aparelhos hoje utilizados conseguem aliar precisão e rapidez na execução dos exames, a exposição a radiação é baixa, tanto para o paciente como para o próprio técnico.

 

Os fatores de risco são:
•    Raça branca.
•    Histórico familiar de osteoporose.
•    Vida sedentária (falta de exercícios).
•    Baixa ingestão de cálcio e/ou vitamina D.
•    Período da menopausa.
•    Fumo ou bebidas alcoólicas em excesso.
•    Pessoa magra e/ou frágil.
•    Fratura espontânea prévia.
•    Medicamentos, tais como anticonvulsivantes, hormônio tireoideano, glicorticoides e heparina.
•    Doenças de base, tais como hepatopatia crônica, doença de Cushing, diabetes melito, hiperparatireoidismo, linfoma, leucemia, má-absorção, gastrectomia, doenças nutricionais, mieloma, artrite reumatóide e sarcoidose.

 

O que fazer? 

A massa óssea é relacionada à ação da musculatura sobre o osso, deste modo, exercícios gravitacionais são mais efetivos. Um programa ideal de atividade física deve ter exercícios aeróbios de baixo impacto, exercícios de fortalecimento muscular e para melhora da propriocepção, a fim de diminuir a incidência de quedas.

Os exercícios aeróbios de baixo impacto, como caminhadas, estimulam a formação osteoblástica e previnem a reabsorção. Pode ser realizada por aproximadamente 40 minutos, antecedidos de um aquecimento e finalizados com um alongamento muscular. A intensidade do exercício deve ser de 60 a 90% da frequência cardíaca máxima própria da idade, de preferência avaliada através de consulta médica, complementada pelo teste de esforço.

A musculação, como treinamento de força, desenvolve e mantém a estrutura muscular e óssea. Além de proporcionar um aperfeiçoamento no equilíbrio, por trabalhar o corpo de forma simétrica, é uma atividade de fácil controle de intensidade, com uma boa margem de segurança cardiológica, proporcionando uma melhora da coordenação motora e auxiliando na prevenção de fraturas. Lembrar que a diminuição da força do quadríceps é um risco para ocorrência de fraturas do quadril.

Um estudo comparado, onde mulheres foram observadas durante alguns anos, mostrou que as que se exercitaram durante o período tiveram um aumento da massa óssea de 2,3%. Enquanto que as mulheres que permaneceram sedentárias durante esse tempo mostraram uma diminuição de 3,3%.

Com atividade física regular, você mantém as articulações lubrificadas e em bom funcionamento, com isso você fica com autonomia para poder fazer as coisas por si próprio, como, por exemplo, vestir uma roupa, calçar um sapato ou alcançar um objeto que está no alto de uma estante. Pois sem atividade física, o líquido que lubrifica as articulações vai secando, surgindo graves problemas articulares. A cartilagem que protege o osso acaba se desgastando e pode surgir a artrite e depois disso, a artrose que é quando os ossos ficam em contato uns com os outros.

É interessante que a Densitometria de Corpo Total seja realizada no início do programa de condicionamento físico, a fim de determinar a quantidade de massa gorda e massa magra do paciente, e repetida periodicamente.

Postagens Recomendadas